13 de novembro de 2012

Coringa.

Sua ira, tão aparente, cria em ti uma alegria tão doente que se esconde longe com medo de aparecer. Sua expressão tão raivosa, crua em ti, é tão tranquila e orgulhosa que só responde aos abraços de quem sabe te desprender. Mas há um sorriso que diz baixinho que a vida vai além. Há um 'tomar no cu' que diz que a Ju tá sempre bem. E encontra na dor que sente a semente que não se atrasa ao florescer. Então sorri, paradoxalmente, dizendo que a vida é intensa demais pra se perder. Vive perdidamente, sabendo que a dor é boba demais pra se sofrer. E tudo, sem exceções, cria borrões pra te fazer aprender.. Um sorriso e uma cerveja são maiores que qualquer tristeza que possa aparecer.
Quando se fere e se zanga traz sempre uma carta na manga.
E ela, coringa, tão carta mágica, xinga mas não choraminga.
Faz pose e peita o problema, me pede um poema e é só texto o que sai. Cheio de rima que até desanima de ler. Mas eu insisto e fico em cima só pra ver se você se aproxima outra vez pra me fazer beber e escrever..

(Estela Seccatto)

Um comentário:

Juliana Coringa disse...

nhooo *.*