3 de fevereiro de 2011

Esse não é momentâneo.

Se fosse um post momentâneo não falaria de coisas passadas. Segurar sua mão toscamente sem ao menos ter nada com você e perguntar se te envergonharia um beijo em público foi tão perfeitamente espontâneo que, se eu tivesse calculado, não teria dado certo. A Augusta, um bar, um beijo. Um parque, um banco e um homem tarado. Muitos dias lá naquele banco que tinha um nome que eu não lembro qual era. Muitos dias olhando a árvore grande, deitando no seu colo e reclamando das folhas que voavam no nosso cabelo. Foi por você que eu fiquei 2 horas sentada na estação porque tinha a certeza que você ia chegar. Então, quando chegou, eu disse que te odiava muito e te beijei. Foi por você que eu subi na grade do camarote do show pra pedir uma foto das meninas da Agnela. Pode até ser repetitivo (assim como é quando eu te chamo e bebê verde), mas minha maior felicidade foi ver você vindo na chuva segurando no braço da minha prima. Te abraçar na chuva e te agradecer por ter aliviado aquela preocupação que já tava me machucando. Agradecer por ter tirado meu desespero. Sentir como se a chuva lavasse todos os problemas daquela hora e o abraço que eu procurei, encontrei nos seus braços. Rir de tudo com você depois e depois e depois.. Meu aniversário de 17 anos, como explicar? Toda noite eu durmo abraçada com um pedaço daquele dia. Atrás da minha coleção de garrafas tem uma dobradura. Dentro da dobradura tem uma caixinha preta. E dentro da caixinha preta tem um anel com um nome e uma data. Seu nome e nossa data. Só por você eu acordei cedo e criei coragem pra ir pra São Paulo no dia 16 de dezembro. São poucos os motivos que me fazem acordar cedo. A forma que eu me apaixonei, não só por você, mas pela sua família e pelos nosso momentos juntas, vai ficar guardado pra sempre. E esse post é pra agradecer. E é por isso que não é momentâneo. Pode acontecer o que for, podemos brigar e você pode me odiar por qualquer coisa (não vou matar sua mãe nem bater na sua irmã, fica calma).. Pode cair o mundo em cima de nós pra estragar tudo, eu vou SEMPRE lembrar de você como algo bom que aconteceu pra mim. Vou sempre agradecer pelas horas e horas que passamos juntas conversando sobre nada. Obrigada, de verdade, pelo amor que você sempre demonstrou, seja com cartinhas, falando, ou com seus beijos e abraços. Eu sei que talvez eu não demonstrasse tanto quanto você, pelo fato de eu ser muito fechada, mas o sentimento foi enorme, foi intenso e foi verdadeiro. Nada nem ninguém será capaz de estragar o carinho e amor que sinto por você. Foi na transferência do metrô pra cptm que tudo começou.


(Estela Seccatto)