4 de maio de 2010

Justiça é fechar os olhos.

Muita saudade em tão pouco tempo. Lembranças, momentos. Nosso rosto ao vento. Guardo agora a dor de te perder, não preciso demonstrar mais do que já demonstrei. Tiveram dó, tiveram pena de mim! E pouco me importa o resto do mundo agora. Ah, se pudéssemos voltar atras... E agora eu sei como preciso ser forte. Eu preciso acreditar que você não vai voltar, mas eu não acredito, eu não acredito! Me mande notícias... Eles estão te tratando bem por aí? Você está sentindo minha falta? Eu preciso saber que você está bem. Se você tivesse noção do quanto dói... E como dói! Meu Deus, eu cuidei tanto de você, não posso acreditar que você partiu por erro deles. Malditos, insensíveis! Se dependesse de mim, de nós, você estaria em casa descansando, assistindo o jornal ou o filme repetido. Mas eles não se importaram, eles te deixaram morrer. Eu preciso de justiça, eles te mataram! Assassinos! E agora eu morro aos poucos por saber que nunca mais vou poder sentir sua pele, seu carinho, seu cheirinho de experiência que ninguém mais tinha. E seu sorriso? Consegue imaginar a falta que vai me fazer? Nossa, se você conseguisse... Mas não consegue, ninguém consegue. E agora eu apunhalo meu coração e o jogo para longe. Preciso me livrar pois tudo machuca demais. É quando você percebe que as pessoas se vão uma hora ou outra, de uma forma ou de outra.. E você é um simples solitário. Eu sou uma simples solitária. E de que vale? Me tire dessa vida agora, me arranque essa dor. Eu preciso dormir e acordar amanhã em um mundo diferente... Sabendo que tudo está bem. Por favor, feche meus olhos.

(Estela Seccatto)

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