..me deram frustração.
A velha boneca sorridente não sorria mais - implorava pra menina ficar mais um dia para brincarem novamente. Os livros e cadernos empoeirados achavam um absurdo ela não os levarem para junto com ela sendo que, naquele momento, o que ela mais precisava era de palavras. O cobertor e o travesseiro permaneceram quietos e enrolados - não teriam quem os esquentasse nos dias frios. Os retratos, os enfeites, as mínimas coisas estavam tristes pois não teriam quem as mudassem de lugar. Mas a felicidade dos objetos se fez com apenas uma frase:
-Essa semana eu volto pra pegar minhas coisas.
Não obtivera resposta, provavelmente ninguém a ouviu. Foi até a sala e caminhou em direção à porta. Olhou para os olhos que há tempos não olhava, mas que conviveu por anos. E mesmo depois de tantos anos, eram apenas desconhecidos.
-Eu só queria que vocês se importassem. -Disse a garota.
-Isso a gente não escolhe.
Então a mãe desviou o olhar e o pai abriu a porta. A menina, com a mochila nas costas, olhou em volta se despedindo de sua história. Era um passado inteiro naquela casa. Precisava de um lar sem preconceitos..
Um comentário:
"Um lar sem preconceito" é, um sonho msm. Lembrei de umas coisas enquanto tava lendo '-' s2
Postar um comentário