16 de dezembro de 2010

Trem.

Pra que lado vai o trem, então? Qual é seu ponto final? Em qual caminho você se perdeu? Qual rumo nós seguimos? Que destino nos pertence se temos vários à escolher? O que é destino, amor? Porque te chamo de amor? Qual foi nosso fim? Isso realmente foi um fim ou daqui uns anos, talvez, estaremos todos nos abraçando no ano novo? Você ainda aceitaria um shot da minha garrafa de tequila? Amor, eu te dou um trago ainda. Você sabe que eu guardo meu rancor e deixo ele bem guardado nas palavras. Não te recusaria minhas ajudas ou seus vícios. Quem sou eu pra recusar um sorriso? Será que um dia vamos lembrar de tudo isso e rir? Ou será que lembraremos e choraremos de saudade? Poderíamos lembrar e simplesmente xingar em mente uns aos outros. Mas seremos adultos e não faríamos isso, faríamos? Quem sabe se vamos perder o contato? Ninguém sabe. Já o perdemos uma vez ou duas, não é difícil recuperar. Mas, amor, talvez você passe por mim daqui uns anos e eu não te reconheça. Talvez eu te encontre na rua e grite seu nome. Quem sabe eu aborde um desconhecido qualquer, querendo saber pra que lado vai o trem, e o desconhecido seja você..


(Estela Seccatto)

Um comentário:

Ninguém disse...

Caralho Estela!

Vai arrepiar outro. Emoção demais numa pessoa que mostra tão pouco. Queria te dar um abraço :O