22 de dezembro de 2010

Perdão.

"A gente não consegue ser feliz se não tivermos um perdão pra pra dar". Depois de ouvir isso a gente pensa em tanta coisa.. Como seremos felizes se a cada erro que um outro fizer não soubermos perdoar? Como seremos felizes teimosos assim? Fechar a cara pra quem te fez mal ou não te deu valor vale de que? Serve pra ver os outros tristes? Se vingar vai amenizar sua dor e sua tristeza? Se alguém nos faz mal pensamos em pagar na mesma moeda ou entao cortar o contato, nos julgando justos. Mas com essas atitudes não passamos de crianças birrentas. Crianças que perdem amigos por causa de um brinquedo quebrado. Sabemos sim que existe, situações nas quais seríamos tolos por aceitar e deixar passar. Não relevaremos tudo. Não seremos ingênuos. Mas uma briga ou um desentenimento devem ser medidos devidamente. Temos que nos perguntar se vale a pena perder aquele amigos que tanto nos proporcionou momentos bons por causa de um erro que ele veio a causar. E é nessa hora que devemos ser sinceros com o nosso interior. Mas o perdão que guardamos no bolso, pronto para a entrega, deve vir apenas de nós? Ou devemos pedir perdão pelos nossos erros também? É tudo questão de companheirismo. Devemos perdoar sem ao menos esperar a pessoa se arrepender? São perguntas e mais perguntas e cada pessoa encontrar uma resposta diferente. Cada pessoa julga o nível do erro de acordo com suas medidas. Cada pessoa perdoa quem quer, o erro que quer e no tempo que lhe couber. Mas de que adianta um arrependimento de 3 dias e a prolongação do erro logo após, durante a vida? E então assistimos que o erro as fizeram felizes e somos obrigados a sorrir porque o coração perdoa mas não nos permite voltar. Egoístas ao ficarmos tristes com tal felicidade? Creio que não. São só dúvidas que giram em nossas cabeças. É só saudade incomodando e lembranças de um dia qualquer. É só a sensação de que não será mais igual pois um erro de alguém te explodiu a cabeça e talvez o coração. E nos vem aquele sentimento horrível de que amigos só estavam lá quando nada tinham a ver. Então, quando tiveram a chance de mostrar que estariam com você em qualquer situação, se fizeram neutros. Nós ficamos sozinhos e a alma ficou machucada. E a neutralidade se apagou quando a felicidade se fez presente do outro lado. Mas o que poderíamos esperar dos velhos amigos que igualam 3 anos à 1 semana? O que poderíamos fazer? Acompanharemos, então, essa felicidade que tanto nos faz tristes, apenas pelos anos de história. Vamos parabenizá-los pelas conquistas que se fizeram na sua ausência.

E vamos sentar, pedir um shot de alguma coisa e dar um trago no nosso último cigarro.. Esperando que algum dia eles sintam falta da nossa fumaça.



(Estela Seccatto)

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